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O Vectra aliviou as linhas de expressão do rosto, que lhe pesavam quatro anos depois do lançamento. A grade (que antes era um bigodinho emoldurado pelo capô) passou a formar um largo sorriso, que vai de um farol a outro. Os borrachões laterais e as tomadas de ar, que tinham forma quadrada, parecem ter sido modelados pelo vento. Quem modelou, na verdade, foi a Opel. Capô e para-choque vieram do Astra europeu, enquanto a grade do motor e os piscas nos retrovisores são coisa nossa. Mas a principal mudança aconteceu na parte traseira. Não foi no estilo (como o Astra europeu é hatch e não tinha nada para doar, o Vectra mudou apenas o logotipo). Foi mais para baixo, do lado esquerdo. No cano de escapamento.
O motor 2.0 aposentou de vez a opção 2.4 e baixou à metade seus índices de emissão de poluentes, para atender à fase L5 do Proconve. Ganhou um segundo catalisador, reduziu atritos internos (com óleo de menor viscosidade e comando de válvulas roletado) e melhorou a respiração, com dutos de admissão e escape menos rugosos. A nova central eletrônica tem mais poder de processamento e a partida a frio passa a ter um bico injetor para cada cilindro, o que diminui o desperdício de gasolina e a formação de depósitos de carvão no motor. Para marcar essa fase mais ecológica, o “X” da inscrição FlexPower trocou a cor vermelha pela verde. Se tivessem trocado por um vermelho mais forte também faria sentido, pois o motor ganhou potência.
O Vectra 2.0 chegou aos 140 cv, e isso pode fazer bem ao ego – ele agora é tão potente quanto o Civic e mais que o Corolla. Mas, na pista, as vantagens em relação ao antigo motor (de 128 cv) não apareceram. A diferença mais sensível é o rodar macio – a versão Elite ganhou novos amortecedores, para compensar a firmeza dos pneus de perfil baixo. O consumo com álcool, aliás, aumentou. É culpa do câmbio automático antigo. Como são só quatro marchas, ele chama atenção quando troca (porque há um degrau sensível, de uma para outra) e quando não troca (porque não tem marcha adequada para a situação). Seria mais discreto se fosse capaz de aprender com o estilo do motorista, mas não. Oferece apenas dois modos de uso: se você apertar o botão do modo esportivo, que fica no alto do console, uma luz acenderá no painel. O botão da função “neve” fica na base do console, e brilha mais forte quando acionado. A cabine do Vectra, que era mal planejada, mudou.
Sem refresco Pegava mal um carro com tanto espaço interno e posição de dirigir tão boa não ter lugar para uma simples garrafinha de 600 ml. Agora tem, pois as bolsas das portas ficaram mais largas. O console entre os bancos foi refeito e ganhou dois porta-copos. Servem para levar copinhos – porque o espaço deles foi atrapalhado pelo novo apoio de braço, logo acima. Os passageiros de trás perderam o refresco da saída de ar-condicionado (eliminada), mas ganharam suporte retrátil para dois copos. O Vectra melhorou, mas você ainda troca a estação do rádio ao girar o volante (os botões de atalho sofrem de hiperatividade) e programar o cruise-control continua mais trabalhoso que não usar. E, com as mudanças no console, surgiu uma situação surreal: os passageiros da frente têm acendedor de cigarros, mas perderam o cinzeiro. Os passageiros de trás ganharam um cinzeiro, mas não têm acendedor (só uma bem-vinda tomada 12 volts). É estranho? Tem mais: quem tentar apagar o cigarro vai sujar o carpete, porque o cinzeiro foi criado para ficar na horizontal e está na vertical. Desse jeito, ninguém vai fumar a bordo. É a Chevrolet indo além do Proconve, no cuidado com a saúde dos pulmões...
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