A Lotus sempre fez máquinas mais focadas no prazer de pilotar, tão valorizado pelo seu fundador, o inglês Colin Chapman. Desde 1952, quando lançou o roadster Six, a produção de carros de corrida ajudou a marca a se estabelecer entre os grandes do automobilismo e deu um apelo extra aos modelos de rua. Um dos primeiros sucessos foi o roadster Seven, produzido de 1957 a 1972, e que hoje sobrevive nas linhas do Caterham Seven. Em meados dos anos 60, hapman começou a elaborar seu substituto, um carro tão distinto do Seven que acabou por não tirá-lo de linha. O novo modelo seria um cupê de estilo singular criado por Ron Hickman, diretor de engenharia da empresa.
O Lotus Europa havia sido concebido para a Ford competir nas 24 Horas de Le Mans, mas acabou sendo preterido em prol do GT40, da Lola. Dependendo do ângulo, o Europa parecia um cupê fastback, um três-volumes, uma panel van (perua de duas portas sem as janelas traseiras) ou até uma picape. Se na frente os traços eram arredondados e suaves, a traseira parecia implantada de outro modelo, com linhas retas. Na mecânica, mantinha-se a filosofia de Chapman, que pregava leveza e simplicidade, para que pudesse ser reparado em qualquer oficina.
O Lotus Europa havia sido concebido para a Ford competir nas 24 Horas de Le Mans, mas acabou sendo preterido em prol do GT40, da Lola. Dependendo do ângulo, o Europa parecia um cupê fastback, um três-volumes, uma panel van (perua de duas portas sem as janelas traseiras) ou até uma picape. Se na frente os traços eram arredondados e suaves, a traseira parecia implantada de outro modelo, com linhas retas. Na mecânica, mantinha-se a filosofia de Chapman, que pregava leveza e simplicidade, para que pudesse ser reparado em qualquer oficina.
A estreia se deu em dezembro de 1966, após fechado o acordo para usar o motor central, o 1.5 do Renault 16, retrabalhado para render 82 cv. O câmbio era manual de quatro marchas e a suspensão, independente nas quatro rodas, herança das pistas. Exceto por portas, capô e tampa do porta-malas dianteiro, a carroceria era de fibra de vidro, montada sobre um chassi em forma de Y. Seu Cx de 0,29 era baixo para a época. Com meros 686 kg, atingia 180 km/h e ia de 0 a 100 km/h em 10 segundos. As vendas começaram na Europa continental, para não abalar o bom momento do Lotus Elan no Reino Unido e Estados Unidos.
Na mecânica, o Europa equivalia aos mais conservadores Opel GT, Lancia Fulvia e MG B, todos com um quatro-cilindros dianteiro. Em 1968 vieram novo interior, vidros elétricos e bancos ajustáveis. Antes de lançar o Europa, a Lotus já tinha sua versão de corrida com motor Ford-Cosworth de 1,6 litro e 165 cv. Com 60 cv a menos, esse motor foi incorporado em 1971. A pintura negra do patrocinador John Player Special homenageou a vitória de Emerson Fittipaldi na F-1 em 1972 com o Europa Special.
Na mecânica, o Europa equivalia aos mais conservadores Opel GT, Lancia Fulvia e MG B, todos com um quatro-cilindros dianteiro. Em 1968 vieram novo interior, vidros elétricos e bancos ajustáveis. Antes de lançar o Europa, a Lotus já tinha sua versão de corrida com motor Ford-Cosworth de 1,6 litro e 165 cv. Com 60 cv a menos, esse motor foi incorporado em 1971. A pintura negra do patrocinador John Player Special homenageou a vitória de Emerson Fittipaldi na F-1 em 1972 com o Europa Special.
O interior era justo e fazia o motorista dirigir esticado.Na plaqueta, a homenagem aos títulos da F-1
Os 107 cm de altura do Europa 1972 das fotos fazem com que se guie com as pernas esticadas. As janelas ficam próximas e, se instrumentos e comandos são bem distribuídos, o mesmo não se pode dizer dos apertados pedais. Leve, precisa e rápida, a direção veio à direita nesse exemplar, mas foi convertida.
O motor 1.6 conta com o bom torque alimentado por dois carburadores duplos e sobe rápido de rotação. A suspensão dianteira demonstra firmeza, o que não evita que a frente leve desvie um pouco da trajetória nas curvas. Há ainda dois tanques de combustível, detalhe curioso de um carro ímpar que durou até 1974. A Lotus jamais ousaria tanto depois. Seu nome ressurgiria em 2006, em uma variação do Elise, mas já sem o arrojo estético ou o respaldo que o sucesso nas pistas rendia ao Lotus de rua nos anos 60.
Os 107 cm de altura do Europa 1972 das fotos fazem com que se guie com as pernas esticadas. As janelas ficam próximas e, se instrumentos e comandos são bem distribuídos, o mesmo não se pode dizer dos apertados pedais. Leve, precisa e rápida, a direção veio à direita nesse exemplar, mas foi convertida.
O motor 1.6 conta com o bom torque alimentado por dois carburadores duplos e sobe rápido de rotação. A suspensão dianteira demonstra firmeza, o que não evita que a frente leve desvie um pouco da trajetória nas curvas. Há ainda dois tanques de combustível, detalhe curioso de um carro ímpar que durou até 1974. A Lotus jamais ousaria tanto depois. Seu nome ressurgiria em 2006, em uma variação do Elise, mas já sem o arrojo estético ou o respaldo que o sucesso nas pistas rendia ao Lotus de rua nos anos 60.